ANÁLISE Ninja Gaiden 4: O retorno de Ryu Hayabusa honra o legado?

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Por Notícias
22 de outubro de 2025 sem comentários

Ninja Gaiden 4 atira-te para uma Tóquio cyberpunk encharcada em chuva ácida, onde antigas tradições ninja colidem com o caos futurista. Uma experiência ousada que mistura o toque da PlatinumGames com a precisão da Team Ninja — mas será que funciona?

Análise de Ninja Gaiden 4 — Quando o Cyberpunk Encontra o Caminho do Dragão  

Tóquio, a Cidade Sob o Dragão Negro

Desde Ninja Gaiden Sigma 2, Tóquio caiu sob um céu amaldiçoado. O corpo do Dragão Negro abatido flutua sobre a cidade, pingando uma chuva ácida tóxica que corrói tudo abaixo. O grupo paramilitar ODD, vestido com armaduras de alta tecnologia, guarda as ruínas para impedir qualquer ressurreição — e Ryu Hayabusa está com eles.

Mas a história de Ninja Gaiden 4 segue Yakumo, um jovem ninja do Clã do Corvo. A sua missão: resgatar uma sacerdotisa cativa e escoltá-la até ao cadáver do Dragão para completar um ritual sagrado que selará o monstro para sempre. O problema? Ryu é o seu inimigo.

 

Sangue, Aço e Néon — Uma Fusão de Estilos

A aventura de Yakumo parece um encontro entre Ninja Gaiden e Bayonetta. O combate é rápido, fluido e encharcado de sangue. Tu combinas ataques leves e pesados, cortas membros e realizas execuções cinematográficas.

Os controlos estão mais precisos do que nunca, com esquivas perfeitas e bloqueios cronometrados a substituir os desvios à moda antiga. É um sistema acessível, mas ainda exigente — que recompensa o timing, a agressividade e a perceção espacial. Quando o combate flui, é adrenalina pura.

 

O Corvo de Sangue Desperta

A mecânica definidora de Yakumo, o Modo Corvo de Sangue, transforma as suas armas em extensões monstruosas da sua vontade. Lâminas duplas fundem-se numa katana carmesim, o florete torna-se uma broca devastadora, e o bastão transforma-se num martelo movido a foguete.

Os inimigos brilham a vermelho quando estão vulneráveis, sinalizando o momento para libertar um “ataque de sangue” — um movimento brutal que quebra a sua guarda e reinicia o fluxo do combate. Cada arma tem ataques de sangue únicos, incentivando os jogadores a dominar o alcance e o ritmo. É uma adição emocionante que aprofunda a estratégia — pelo menos à primeira vista.

 

Um Jogo Dividido Entre Duas Eras

A verdadeira luta está sob a superfície. Ninja Gaiden 4 não consegue decidir se quer honrar as suas raízes ou abraçar um design moderno. Os jogos mais antigos exigiam precisão — aprender os frames dos inimigos, punir falhas, dominar todas as técnicas. Aqui, os ataques de sangue que quebram a postura tornam esse conhecimento opcional.

Antes de desbloqueares o modo “Mestre Ninja“, a dificuldade vem mais do caos visual do que de um design inteligente. As lutas são vistosas, mas por vezes superficiais. Os veteranos podem achar as primeiras horas demasiado permissivas.

 

O Regresso de Ryu Hayabusa — E o Seu Papel Limitado

Ryu aparece na capa, mas a sua presença na história é mínima. Ele é jogável em algumas missões, usando jutsus elementais como bolas de fogo e tornados. A reviravolta? Os seus níveis são quase idênticos aos de Yakumo, reciclando ambientes pelos distritos de Tóquio — desde ruas encharcadas de ácido a hangares industriais.

Foram-se as aventuras pelo mundo dos jogos passados. Em vez disso, os espaços enormes e vazios da cidade substituem as arenas apertadas e claustrofóbicas que antes tornavam Ninja Gaiden tão intenso.

 

Valor de Rejogabilidade e Desafios Hardcore

Apesar da sua campanha irregular, Ninja Gaiden 4 redime-se com o conteúdo pós-jogo. Um Simulador de Combate oferece mais de 15 desafios de sobrevivência, boss rushes e sistemas de ranking que recompensam o jogo impecável. Alcançar as pontuações mais altas exige velocidade, precisão e mestria — o espírito da antiga série ainda vive aqui.

 

Veredicto — Um Passo em Falso com Estilo

Ninja Gaiden 4 não é um mau jogo — apenas uma ideia inacabada. A sua Tóquio cyberpunk é deslumbrante, o seu combate explosivo e a sua acessibilidade louvável. Mas a alma da série — aquela faceta implacável e exigente — foi diluída.

Quando Ninja Gaiden exigia a perfeição, era emocionante. Quando perdoa demasiado, perde a sua garra. O toque da PlatinumGames encontra o legado da Team Ninja, mas a fusão parece incompleta. Ainda assim, quando o ritmo encaixa — quando te esquivas, contra-atacas e golpeas em sincronia perfeita — lembra-te porque é que esta franquia foi tão importante.

E tu? Ninja Gaiden 4 convenceu-te ou deixou-te com saudades dos velhos tempos? Deixa a tua opinião nos comentários — a luta pela alma de Tóquio está longe de terminar!


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