Os prémios Grammy continuam a destacar a música de videojogos, mas a lista de finalistas deste ano já está a gerar um debate aceso.
Uma cerimónia ainda firmemente enraizada nas tradições americanas
Há vários anos que os Grammys tentam reconhecer o crescente peso cultural da música de videojogos. No entanto, apesar deste progresso, as nomeações continuam a focar-se fortemente em compositores americanos e em grandes licenças de entretenimento. Este ano não é exceção, e as reações têm sido fortes.
Muitos fãs esperavam uma representação mais diversificada, especialmente após a vitória do ano passado de Winifred Phillips por Wizardry: Proving Grounds of the Mad Overlord. Mas as expectativas de um novo fôlego foram moderadas por esta última seleção. O debate convida ouvintes e jogadores a darem a sua opinião sobre como deveria ser uma categoria mais inclusiva e representativa.
Os nomeados para os Grammys 2025 de Melhor Banda Sonora num Videojogo
Tal como em edições passadas, as grandes franquias ligadas a Hollywood dominam a lista, especialmente produções ligadas ao vasto portfólio da Disney. Aqui estão os nomeados oficiais para Melhor Banda Sonora num Videojogo:
- Avatar: Frontiers of Pandora – Secrets of the Spires (Pinar Toprak)
- Helldivers 2 (Wilbert Roget)
- Indiana Jones and the Great Circle (Gordy Haab)
- Star Wars Outlaws: Wild Card & A Pirate’s Fortune (Cody Matthew Johnson & Wilbert Roget II)
- Sword of the Sea (Austin Wintory)
Alguns detalhes são importantes para compreender esta seleção. Os DLCs são elegíveis, o que explica a presença de Avatar: Frontiers of Pandora. A janela de elegibilidade vai de agosto de 2024 a agosto de 2025, abrangendo alguns lançamentos anteriores. Entretanto, Helldivers 2 qualifica-se porque os Grammys consideram a data de lançamento da banda sonora independente, que foi publicada mais tarde do que o jogo. Estes esclarecimentos pouco fazem para acalmar o debate, especialmente entre os jogadores que seguem de perto a indústria e esperavam uma gama mais ampla de nomeados.
Grandes ausências: O caso de Clair Obscur: Expedition 33
Uma das omissões mais notáveis deste ano é Clair Obscur: Expedition 33, cuja banda sonora deixou uma forte marca no público. Apesar de a Kepler Interactive ter feito campanha para uma nomeação, as propriedades de peso de Hollywood prevaleceram mais uma vez, juntamente com compositores bem estabelecidos como Austin Wintory.
Este está longe de ser o único título merecedor deixado de fora. No ano passado, Final Fantasy VII Rebirth enfrentou obstáculos semelhantes. As produções não americanas e não inglesas têm consistentemente dificuldades em ganhar tração nos Grammys, levantando questões sobre os critérios da cerimónia e a sua abertura internacional. Este padrão contínuo alimenta reflexões mais amplas sobre quão global é verdadeiramente a categoria e como futuras reformas poderiam melhorar a diversidade, a equidade e o reconhecimento em toda a indústria.
Sabe mais também sobre a grande atualização e os planos para o futuro de Clair Obscur!
ZEVENT 2025 – Ochestre Curieux feat. @expedition33 Dim dim dam~~ pic.twitter.com/RX6I2EdsVv
— ZEVENT (@ZEVENTFR) 4 de setembro de 2025
Em conclusão: uma perspetiva adicional única
Para além da controvérsia anual, a crescente atenção dedicada às bandas sonoras de jogos realça uma tendência inegável: a música de videojogos desempenha agora um papel central na narrativa de estilo cinematográfico. À medida que os estúdios procuram experiências cada vez mais imersivas, os Grammys enfrentam uma pressão crescente para evoluir e refletir melhor a natureza global do meio.
O que achas da banda sonora de Clair Obscur: Expedition 33? Qual é a tua opinião sobre as bandas sonoras de videojogos em comparação com as partituras típicas das franquias de Hollywood? Diz-nos nos comentários abaixo!
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